Tanto o Ritual como a Magia, ao longo do tempo, sempre estiveram ligados à Religião, à crença e a devoção. E, por isso, todas as religiões praticam Magia e têm seu próprio Ritual, e assim poder-se-ia mencionar que:
No Catolicismo é utilizada a Missa, Procissão, Água Benta, Incenso, Hóstia, Batizado e Cerimônias diversas, além até de origem Pagã, como o uso de Rosário, Velas, Ídolos, Vestimentas, e etc.
No protestantismo são utilizadas as Bênçãos como a Magia de emissão de Fluidos Vibratórios, Exorcismo, Batismo, Rituais, Cânticos equivalentes aos Mantras dos Hindus, benzimentos com a Bíblia ou as mãos sobre enfermos produzindo curas Magnéticas ou sugestivas, e até transes Mediúnicos nos quais se dizem tomados pelo Espírito Santo.
No Kardecismo são utilizadas a Água Fluída como uma espécie de Magia, Passes Espirituais e Magnéticos outro tipo de Magia, Desobsessões, Curas, Choques Anímicos, Incorporações, Materializações, Efeitos Físicos, e uma série de mediunidades, verdadeiros Rituais que no passado faziam partes das Ciências Ocultas, tendo até sido enquadrados como Bruxaria na Idade Média, na qual Feiticeiros e Médius foram atirados às fogueiras da Inquisão.
Assim sendo, o Cristianismo não deveria odiar a Magia, já que dela também se vale em seus Rituais, e se desconhece que tenha Jesus condenado a Magia e a Ritualistica.
Pelo contrário, quando de seu nascimento foi homenageado pelos Três Reis Magos - Gaspar, Baltazar e Belchior, que dirigidos por uma Estrela Guia - o Ternário e o Signo do Macrocosmo, receberam Ouro, Incenso e Mirra, outro Ternário Misterioso.
Na realidade, por conta da ignorância humana que sempre teme o desconhecido, e tudo o que se encontra fora da realidade concreta e palpável, só pode ser exprimido e difundido através do Simbolismo.
O Simbolismo é a Grande Chave:
Dos ensinamentos de Ordem Superior das Religiões, das Fraternidades Ocultas, e dos Sistemas Metafísicos, e mais uma vez repete-se a tendência racionalista do homem moderno, que costuma ignorar o Caráter dos Símbolos, sendo que nenhum Sistema Esotérico sobreviveria sem um correspondente Sistema Simbólico para seus Ensinamentos, cuja finalidade última seria:
A Investigação da Origem do Mundo e do Homem, e a Busca da Verdade e da Realidade das Coisas.
Ou seja, todos os componentes simbólicos de todas as culturas do Mundo, como:
A Palavra, o Canto, a dança, as Roupas, os Incensos, etc., que visam a aproximação da Criatura com o Criador, por meio de seus Rituais Mágicos.
Sob o ponto de vista esotérico e Oculto:
O Símbolo é a afirmação discreta da Verdade Revelada, e o Simbolismo é uma das formas de transmissão de Conhecimentos, concluindo, poder-se-ia afirmar que:
As Cerimônias Ocultistas são Rituais Mágicos que empregam palavras, sinais e movimentos simbólicos de incrível significação esotérica, e perpetuadas através dos séculos com suas raízes Sumérias, Acádias, Babilônicas, Egípcias ou, como querem alguns Atlantes. Elas invocam Forças externas da Natureza, Entidades Espirituais e Manipulam Energias Poderosas, mas, sobretudo, buscam despertar o Eu Superior de seus operadores - O Mago.
As reuniões de milhares de Irmãos em seus Templos e Círculos Mágicos, movidos pelos mesmos ideais Superiores, no mesmo horário, guardadas as devidas diferenças de fusos, sob o mesmo simbolismo de seus Templos ou Círculos, movimentam uma Força Energética extraordinária com reflexos permanentes sobre o Cosmos, e assim, conclusivamente:
Cada Templo ou Circulo é uma Usina Energética de Poder incalculável que, unido a integrantes de todos, Templos e Círculos Mágicos do Globo, irradiam uma Força a se refletir nos destinos da raça humana e do Planeta Terra.
Não se pode negar que a Ritualística Ocultista, ou seja, a operacionalização Litúrgica de seus Ritos é uma excepcional Cerimônia Mágica que engrandece o Templo Interior para:
A Glória, Louvor e Exaltação do poder e da Verdade Absolutas, ou seja, da Grande Deusa e do Grande Deus - Criadores do Universo; Já que o homem é o Sal da terra, e à Sua Imagem e Semelhança é a Luz do Mundo.
Finalmente, valeria lembrar que:
A Força dos Deuses que atuam interiormente em cada ser, se constitui em seu maior bem, que ajudará a manter a Chama Interior Saudável e Forte, evitando que Beleza e Amor sejam extintos do Planeta, e ainda que:
Caso se viva a vida de maneira sagrada e atenta, cada momento converter-se-á numa Cerimônia Mágica, num Ritual, que celebra a ligação com os Senhores da Criação, e com todas as coisas vivas.
Bruxaria
A palavra bruxaria, segundo o uso corrente da Língua Portuguesa, designa as faculdades sobrenaturais de uma pessoa, que geralmente se utiliza de ritos mágicos, com intenção maligna - a magia negra - ou com intenção benigna - a magia branca. É também utilizada como sinônimo de curandeirismo e prática oracular, bem como de feitiçaria. Para os bruxos atuais, contudo, a bruxaria é o culto à deusa e ao deus em sistemas que variam de uma deidade única hermafrodita ou feminina à pluralidade de panteões antigos, mais notadamente os panteões celta, egípcio, assírio, greco-romano e normando (viking).
Feiticeiro seria aquele que realiza feitiços; seja ele bruxo ou não e, feitiço, o gênero de magia cujo objetivo é interferir no estado mental, astral, físico e/ou na percepção que outra pessoa tem da realidade.
A magia, por sua vez, é o uso de forças, entidades e/ou "energias" não pertencentes ao plano físico para nele interferir, englobando a feitiçaria e muitas outras formas de ação sobre o plano físico.
Dois Princípios Básicos na Bruxaria
A Bruxaria, sendo caracterizada pela liberdade de pensamento, acaba por apresentar um amplo leque de linhas de pensamento e de vertentes de características bastante distintas, entretanto, alguns elementos em comum podem ser apresentados a fim de que se tenha melhor compreensão do significado da bruxaria.
Elencamos dois princípios comuns, em especial, que ao mesmo tempo que ajudam a compreensão, afastam conceitos equivocados calcados em histórias infantis e preconceitos medievais à prática da bruxaria.
* O Respeito ao Livre-Arbítrio - Nenhum verdadeiro bruxo buscará doutrinar aqueles que têm outro credo. Para os bruxos, a fé só é verdadeira se resulta de escolha individual e espontânea. Nenhum verdadeiro bruxo realizará qualquer tipo de magia no intuito de se beneficiar de algo que prejudicará outra pessoa. Para os bruxos, cada um tem seu próprio desafio a enfrentar. Usar de qualquer subterfúgio para escapar dos desafios que se apresentam é apenas adiar uma luta que terá de ter lugar nesta ou em outras vidas. Adiar problemas é o mesmo que acumulá-los para as próximas encarnações.
* A Comunhão com a Natureza - O verdadeiro bruxo respeita a natureza, e por natureza ele entende absolutamente tudo o que não é feito pelo homem, inclusive os minerais. Quando preserva a natureza, suas preocupações não são a viabilidade da manutenção da vida humana na Terra, o verdadeiro bruxo respeita a natureza simplesmente porque se sente parte dela, porque a ama. Os bruxos não acham que a natureza está à sua disposição. Os homens, os minerais, os vegetais e toda a espécie de animal são apenas colegas de caminhada, nenhum mais ou menos importante que o outro. Ainda assim, matam insetos que lhes incomodam e arrancam mato que cresce nos canteiros de flores sem dramas de consciência. Não são falsos em suas crenças nem românticos idealistas. Acreditam que conflitos fazem parte da natureza.
Hipótese do culto bruxo
Culto bruxo é o termo usado para uma hipotética religião pagã pré-cristã da Europa, que sobreviveu até pelo menos o início da era moderna. A teoria de sua existência foi postulada por alguns estudiosos do século XIX e XX com base na teoria de que a bruxaria européia que tinha sido perseguida durante a caça às bruxas foi parte de uma conspiração satânica para subverter o Cristianismo, e a maioria dos fatos e provas para a teoria foram elaborados através de estudos das contas dos perseguidores na caça às bruxas no início da Europa moderna. No século XX, a teoria deu origem à religião neo-pagã de Gardner, com suas diversas vertentes e tradições resumidas sob o termo Wicca.
A teoria foi lançada por autores românticos de livre-pensamento, tais como Karl Ernst Jarckie e Michelet Jules no século XIX, mas recebeu sua exposição mais proeminente com o livro de Margaret Murray de 1921, The Witch-Cult in Western Europe, e suas contribuições para a Encyclopædia Britannica. Os estudiosos têm criticado a teoria e o consenso geral é que nunca existiu o culto das bruxas, sendo algo inteiramente pseudo-histórico.
Um pequeno número de estudiosos, tais como Carlo Ginzburg, discutem versões modificadas da teoria, como a que limita algumas práticas religiosas não-cristãs sobreviventes no início da era moderna e que contribuem para os estereótipos da bruxaria.
Gerald Gardner alegou que ele havia descoberto o New Forest coven, um grupo que ainda praticava a religião, que ele chamou de Witchcraft (Feitiçaria em português), em seu livro de 1954, Witchcraft Today, uma alegação que foi aprovada por Murray.
Do mesmo modo, Sybil Leek, Robert Cochrane, Charles Cardell, Rosaleen Norton e Alex Sanders também fizeram reivindicações de terem sido membros de uma linhagem familiar de adeptos do culto às bruxas. Alguns Wiccanos contemporâneos, desde então, distanciaram-se da teoria.
Neopaganismo
Neopaganismo é o termo que descreve um grupo de religiões contemporâneas bastante heterogêneo. Este uso tem sido comum desde o renascimento neopagão na década de 1970, e agora é usado por acadêmicos e adeptos tanto para identificar novos movimentos religiosos que enfatizam o panteísmo e a veneração da natureza, e/ou que procuram reviver ou reconstruir os aspectos históricos do politeísmo. Cada vez mais, escritores eruditos preferem o termo "paganismo contemporâneo" para cobrir todos os novos movimentos religiosos politeístas, um uso favorecido pela publicação The Pomegranate: The International Journal of Pagan Studies.
O termo "neopagão" proporciona um meio de distinguir entre pagãos históricos de culturas politeístas antigas e/ou tradicionais e os adeptos de movimentos religiosos modernamente constituídos. A categoria das religiões conhecidas como "neopagãs" inclui desde abordagens sincréticas ou ecléticas como a Wicca, o Neo-Druidismo, o Dianismo e o Neo-xamanismo a abordagens mais ligadas a tradições culturais específicas, como as muitas variedades de reconstrucionismo politeísta (Helênico, Nórdico, etc). Nesse sentido, alguns reconstrucionistas rejeitam o termo "neopagão", porque pretendem criar uma abordagem historicamente orientada para além do neopaganismo mais eclético e geral.
A maior parte das religiões neopagãs são tentativas de reconstrução, ressurgimento ou - mais comumente - adaptação de antigas religiões pagãs, principalmente as da antigüidade pré-cristã européia, mas não restritas a estas, sem perder de vista as experiências e as necessidades apresentadas pelo mundo contemporâneo. Alguns neopagãos enfatizam sua conexão com formas antigas do paganismo, em uma forma de continuidade histórica marginal (à margem da religião que se auto-afirmava como única verdade no Ocidente, a cristã).
O neopaganismo é um termo referente às diversas formas de religiosidade que têm como lugar comum o encontro com o divino através da natureza.
Suas práticas envolvem a magia natural e a magia cerimonial, como também a busca da evolução através das terapias holísticas atuais.
O PAGANISMO
Uma introdução pela Federação Pagã
Quem agora conhece a antiga linguagem da Lua? Quem agora fala com a Deusa ?... Só as pedras agora se recordam do que a Lua nos disse há muito tempo, e o que nós aprendemos com as arvores, e as vozes das ervas e dos cheiros das flores...
(Tony Kelly, "Pagan Musings" 1970)
Em todas as Eras tem havido mulheres e homens cujas almas têm sido profundamente tocadas pela Natureza, pessoas para as quais as Estrelas falam do seu gracioso silêncio, para as quais a Lua não é só um corpo celeste, para as quais as plantas e os densos bosques são como as catedrais da alma. Pessoas que amam e respeitam a Natureza, tirando partido dela sem a destruir, pessoas que acreditam que homens e mulheres têm os mesmos direitos e se respeitam. Estes são os Pagãos.
Paganismo é uma forma de vida e é uma religião que tem as suas raízes na pureza da infinita variedade da Natureza, venerando a Divindade Feminina e o seu sagrado Masculino em todos seus aspectos. Um ser humano não se concebe só por um ser, é preciso o lado feminino e o masculino para a criação, ninguém nasce do nada, por isso quem nasce com o sentido Pagão nasce amando naturalmente a Deusa e o Deus seu consorte.
Os Pagãos respeitam todas as pessoas e todas as formas de vida como parte de um Todo sagrado. Cada mulher e cada homem é para um Pagão, um lindo e único ser. As crianças são amadas e honradas. Os bosques, as florestas e as clareiras são o lar dos animais selvagens e das aves, que são tratadas com respeito e carinho.
O Paganismo acentua a experiência religiosa pessoal. Nós procuramos a união espiritual com a Divindade através da harmonização com as correntes da Natureza e pela exploração do nosso próprio interior. Os nossos Ritos ajudam-nos a harmonizar com os ciclos naturais das mudanças das estações e a compreendê-los, por isso ocorrem nos Equinócios, Solstícios e nos Pináculos, e nas fases da Lua e do Sol.
Podem-se encontrar uma grande variedade de Tradições dentro do nosso largo espectro e isto reflete a variedade da nossa experiência espiritual. Todo o Pagão é Politeísta por natureza; alguns veneram Deuses e Deusas, enquanto que outros concentram-se numa Força Vital, e outros ainda são devotos de um casal cósmico - Deusa e Deus.
Nós celebramos nossas Divindades, e acreditamos que cada pessoa deve encontrar o seu lar espiritual de acordo com os ditames da tranqüila voz interior da sua própria alma. Também por esta razão nós respeitamos todas as religiões sinceras, e não profetizamos nem procuramos convertidos.
Das outras, fé e da sociedade em geral, nós só pedimos tolerância.
Copyright cedido pela Pagan Federation - London , G.B.
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