segunda-feira, 25 de junho de 2012

AS LUAS - FEVEREIRO - A LUA DA COLHEITA

A Lua da Colheita - Fevereiro


O mês de Fevereiro em gaélico chama-se Feabhra, a Lua da Colheita, celebrada após o Festival de Lughnasadh, quando comemoramos, nos campos verdes da Grande Mãe, a colheita dos frutos - o ciclo das nossas experiências.

Pronúncia em gaélico: Feabhra - Fevereiro

"A colheita é a consumação da longa e solitária viagem das sementes durante a noite e o silêncio sob a superfície da Terra. A colheita é um dos grandes festivais do ano. Um momento muito importante na cultura celta. É quando a fertilidade da terra, finalmente, produziu seus frutos." Trecho do livro "Anam Cara" de John O'Donohue.
Esperar pacientemente pela chegada da colheita é aceitar o movimento da roda, que requer certo sacrifício da nossa parte, como se fosse uma oferta aos Deuses, em forma de gratidão.
Os celtas, às vezes, ofertavam um sacrifício em troca de uma boa colheita mas, nos dias atuais, não precisamos mais derramar sangue para alcançarmos essas graças.
Mesmo tendo consciência deste fato, a natureza nos mostra que tudo no universo é baseado numa troca. Durante esse período experimentamos essa energia em plena harmonia com os nossos desejos, onde eles se concretizaram de fato, após ofertamos em troca, nossa paciência e dedicação.
Essa troca pode ser observada nas atitudes diárias, seja com os filhos e familiares, nos estudos ou até nas pequenas e grandes conquistas materiais, financeiras e espirituais.
A lealdade para consigo e os demais são fatores fundamentais para alcançarmos esses objetivos. Somente quando reconhecemos verdadeiramente o nosso próprio valor é que poderemos reivindicar o que é nosso por direito, tanto na abundância como na escassez, pois a balança é imparcial e exata.
Então, a boa colheita dependerá sempre da sua atitude perante a vida!
Estamos vivenciando um período de paz, entre o solstício de verão e o equinócio de outono. Época do ano em que os dias são quentes e abafados, provocando assim, as conhecidas chuvas de verão.
Portanto, o elemento predominante dessa fase é a água.
A água é o elemento essencial para a sobrevivência de todas as formas de vida, além de um Portal para o Outro Mundo. Esse portal pode ser acessado através das brumas e para que elas se formem é necessária à união de dois elementos: a água e o fogo.
O fogo do verão que começa a se extinguir... As águas de março que chegam, anunciando o outono. Elementos incompatíveis, mas quando unidos formam a mística névoa de prata.
A água em forma de vapor é uma das entradas que levam ao Outro Mundo, na mitologia celta. Quando se faz necessário, dois mundos se encontram... E são as brumas que nos ligam aos Deuses.
O fogo é o elemento purificador e regenerador, agente da metamorfose e transformação. A água é o elemento fundamental da criação, de ação fecundante e curadora. A coesão desses dois elementos nos propícia um estado meditativo tal como o transe xamânico.

Para acessar esse conhecimento, precisamos aprender a fluir com a água. Aproveite a lua cheia desse mês para conectar-se com seus benefícios revigorantes. Prepare um banho com nove cravos da índia e três pedaços (pequenos) de canela em pau. Ferva tudo num litro de água e deixe descansar por uns 15 minutos, depois coe e reserve. Após o banho de limpeza, despeje a infusão sobre o corpo. Tome esse banho, de preferência, na parte da manhã.
A magia das ervas e das plantas faz parte do caminho da espiritualidade dos druidas, assim como o acesso ao Outro Mundo nos conduz à sabedoria dos Antigos...
Slàn!


Sugestão de uma meditação com os elementos fogo e água.

Experimente meditar embaixo de uma árvore de carvalho ou colha suas folhas secas, sempre pedindo sua permissão e construa um espaço sagrado, como se fosse um antigo Nemeton, termo gaulês usado para descrever um santuário ou local sagrado, em uma clareira, mata, bosque ou floresta e, às vezes, delimitado por pedras erguidas.
Faça seu próprio círculo de pedras e folhas, entre em sintonia com essa força maravilhosa e siga a sua intuição.
Ao final dessa prática, agradeça a árvore ancestral, os Deuses e os espíritos da natureza por esse momento de insight e renovação das energias.
Que assim seja!


Bênçãos plenas do céu, da terra e do mar!


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